Hoje, escrevi sobre crise.
- Kellen Melo
- 31 de jul. de 2016
- 2 min de leitura

Calma! Não escrevi sobre a crise brasileira. E nem vou adicionar o tema a outra editoria que não seja economia no momento.
Confusão, talvez seja a palavra que me defina nesse fim de tarde. Milhões de pensamentos e indagações me incomodam. Os anos se passam e percebo que além disso, no mesmo ritmo as dúvidas também surgem.
Costumo me definir como aquela canção de Raul Seixas, “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante...” Não apenas no quesito opinião, mas no sentido vida. Têm dias que acordo animada, alto astral, sorrindo e pulando. Outros dias acordo sem humor e de mal comigo mesma (por mais que eu não deixe transparecer em público, ninguém tem culpa dos meus problemas).
Às vezes quero dominar o mundo com minhas próprias mãos, faço diversos planos para o amanhã e crio roteiros imaginários de como agir e diálogos perfeitos. Passo a acreditar que as pessoas serão boas e dirão bom dia sorrindo e não vão jogar lixo pela janela do ônibus.
Penso que alguém vai tomar Yakult e irá dividir comigo, mesmo sabendo que tem pouco.
Penso que vai chover para refrescar, mas o sol vai continuar lá intacto para me aquecer.
Penso que a fila do banco estará vazia e quando estiver em minha vez não vai aparecer alguém na fila do preferencial.
Basta apenas uma olhada de 180º ao meu redor e percebo que isso é tudo ilusão. Eu tenho medo. Por isso escapo dos meus pensamentos. Leio livro, ouço música e danço, faço qualquer coisa para fugir.
Mas chegou a hora não dá mais para fingir que está tudo em ordem. Sei, essa fase do ser jovem adulto é complicada e é preciso enfrentar, mesmo tendo certeza de que não é fácil. Estou em crise. Não sei em qual ou quais aspectos. Não tenho certeza de nada. É confuso. Uma fase. Um dia. Não é uma opção e nem TPM. Vou esperar mais um nascer do sol quem sabe o dia não estará assim tão sei lá.
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