Meu coração não precisa de manual

Alguns anos atrás comprar um celular, era motivo de entusiasmo e atenção para aprender a manuseá-lo.

Era preciso entender o significado das cores verde e vermelho. Colocar o chips e cadastrar de acordo com a operadora. Recarregar a bateria por algumas horas. Descobrir as funções e adicionar os contatos na agenda. E, se tivesse qualquer dúvida era simples: ler o manual de instruções.

Atualmente, ter um celular novo é como trocar de esmalte, não tem segredo. A gente já sabe o que fazer. Basta escolher o que tem mais a ver com você, baixar aplicativos legais e sair mandando mensagem para os amigos.

Meu coração parece um desses smartphones modernos. Passo por diversas situações que nem precisa mais de manual. São paixões. Vários perengues. Fazer e desfazer amizades. Conquistas de amigos novos. Chorar quando necessário. Sorrir sem limite. Pisar no molhado, escorregar. Quase cair, mas levantar.

Assim continuo aprendendo e errando. E caso seja preciso, eu pego o manual, mas apenas se for muitoooo necessário, afinal, meu coração não precisa mais de instruções.