Para ser aceita
- Kellen Melo
- 26 de fev. de 2017
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23 de fevereiro de 2013
Querido diário
Eu não gosto de baladas, aliás nunca gostei. Certo dia, uma galera da escola convidou eu e minhas amigas para uma festa. A princípio, pensei em recusar, no entanto, Pedro, meu paquera, estaria lá. Resolvi aceitar. Às oito horas passaram em frente à casa da Malu para nos pegar.
Fomos à festa “Dança, beba e não caia” e ao chegar fui surpreendia logo de cara: dois marmanjos bebendo e falando alguns decibéis fora do normal, logo na entrada, vieram nos azucrinar e ali mesmo percebi a enrascada que estava me metendo.Meia hora se passou e eu já queria ir embora, preferiria mil vezes meu travesseiro e um bom filme do que aquela música alta, jovens se embebedando, se agarrando, era bem pior do que eu havia imaginado.
Percebi que ali não era o meu lugar, mas, tínhamos que esperar os garotos da carona para irmos embora, mas eles pareciam super animados. Fiquei sentada, aguardando ansiosamente a hora de partimos daqui. Anestesiada pela impaciência, não queria papo com ninguém, quando um cara barbudo, com cheiro de cachaça, camiseta pólo e calça xadrez, que parecia se achar o rei da cocada preta e pegador me vem com uma cantada nada agradável para aquele terrível momento que só eu vivenciava:
- Oi princesa, seu pai é padeiro? Só pode! Porque você é um sonho!
OMGGGG... aquilo foi o fim da picada, pedi licença para ele e me retirei. Falei para as garotas que queria ir embora, elas recusaram meu pedido. Despedi-me e voltei para casa de táxi.
Daquele dia em diante jurei para mim mesma que nunca mais, nunca mesmo, iria a alguma balada ou coisa do tipo. Ah e quanto ao Pedro, vi ele na festa com outra garota.
NOTA
A moral da história é: nunca faça o que não gosta para agradar os outros ou fazer parte de alguma rede social de pessoas. Quem gosta de você, te aceita como você é.
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