Despedidas
- Kellen Melo
- 20 de mar. de 2017
- 1 min de leitura

Antes de tudo quero dizer que esse texto não se refere a despedidas sem voltas, mas sim aquelas que você acredita que irá rever esse alguém.
Em minhas idas à capital paulista, no trem, vejo muitas coisas inusitadas. Por esses dias vi um jovem que passava mal porque tomou 150 comprimidos de algum tipo de remédio, ficou em coma e estava se recuperando; quatro grupos diferentes de pessoas curtindo o mesmo novo hit de funk; um homem com cabelo estranho; dois rapazes lendo livros concentrados e, dentro esse universo de peculiaridades, as despedidas.
São casais apaixonados, aos beijos e sem vontade de se soltarem, avós levando os netos para sua casa no final de semana e o que mais tem são pais separados levando os filhos para passear.
Ouvi de um pai para suas duas filhas pequenas “logo a gente vai se ver de novo, vai passar rápido”, enquanto se abraçavam. O motivo da separação não vem ao caso, mas sim a saudade que viria depois daqueles abraços.
Se tem algo que não gosto são despedidas. Sei que essa ardência no coração significa que a pessoa que se vai é importante, por isso a dor. Mas esse momento traz à tona milhares de sentimentos. As lembranças começam a flutuar na cabeça e a vontade de que o tempo congele é a que prevalece. Contudo, a lição de cada uma despedida é para que aproveitemos cada segundo com as pessoas que amamos.
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