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Bienal: dia improvável

  • focaperdida4
  • 4 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

Era sábado, a ideia era apenas curtir a Bienal, como fiz em outros anos. Uma amiga jornalista me recomendou tentar entrar como imprensa para não pagar o acesso. Dito e feito, consegui. Perambulei pelo ambiente vendo artistas, livros e muiiiiitas pessoas. Um público realmente bem grande. Logo, peguei um panfleto que dizia “Fernanda Montenegro as 16h na área de eventos”. Sem hesitar segui até lá para participar como ouvinte, uma artista desse nível, outra oportunidade dessa eu demoraria a ter. Estava a uma distância considerada longa, mas pelo que havia imaginado, a altura do microfone estaria bem potente. Contudo, alguns pensamentos começaram a me rodear e vendo os jornalistas, cinegrafistas se aproximarem do local indicado para imprensa, me deu vontade de estar ali também. Outros pensamentos (os cômodos) também me perseguiram, pedindo para que eu permanecesse onde estava: dava para enxergar, ouvir era apenas um pouco apertado devido à quantidade de gente. Apesar disso, o entusiasmo e a vontade de desafios me fizeram ir até lá. Os desafios nos fazem crescer. Cada degrau que subimos, dá mais coragem para subir mais alto. Chegando na entrada cercada por seguranças, falei que era da impressa e estava lá para fazer a cobertura do bate papo sobre o lançamento do foto biografia da Montenegro. O rapaz disse que eu não poderia entrar, pois não tinha autorização da organização do evento, que deveria ter feito antes e blá (tudo aquilo que vocês já sabem como desculpas). Por segundos eu desisti. Pensei “a tudo bem, deixa pra próxima”. Mas nos próximos segundos que faltavam para completar um minutos, eu voltei e perguntei como fazia para conseguir essa “autorização”. Ele pensou e chamou uma outra mulher. Eu disse mentalmente: deu certo! A moça, ouviu meu discurso e, infelizmente, se atentou a minha credencial, que ao invés de estar escrito imprensa, nem eu ou o destino sabe por que, estava escrito “profissional do setor”. Argumentei dizendo estar com documentos e ela começou a ligar para outra pessoa. Enquanto isso eu bolava mais argumentos rápidos e precisos, já que a Montenegro estava subindo no palco ao mesmo tempo. Na sequência dois fotógrafos começaram a falar que também queriam entrar, a moça os acrescentou a ligação que dava. Rapidamente, a outra pessoa da linha, apareceu e pediu para que a gente entrasse. Na verdade não sabia se aquele aceno incluía eu, já que não estava com o a credencial errada e a moça que me recebeu não deu resposta, mas aproveitei a chance. O máximo que ia acontecer era me pedir para se retirar bem baixinho para não atrapalhar. E ali estava eu. De frente para Montenegro, a rainha da teledramaturgia. Se já não bastasse peguei o lugar de um fotógrafo distraído e me acomodei mais ainda. Aquilo ali parecia um sonho. As lágrimas tentaram rolar, mas eu tinha que manter a postura. Ouvi muitos conselhos que guardarei para sempre, inclusive para perseverar. No texto que escrevi para O Jornaleiro tem detalhes de suas falas. Depois que o show acabou, duas pessoas/fãs aproveitaram e através da grade me entregaram cartas para dar a artista. Mais uma missão quase impossível, porém eu deveria ajudá-los. E consegui, entreguei para a mulher que a acompanhava no carro. Ao sair do ambiente, pude me desmontar e chorei de gratidão! 


 
 
 

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