Mareteiro gente boa
- Kellen Melo
- 6 de jan. de 2019
- 1 min de leitura

Sai do trem cansada de volta pra casa não perguntei seu nome nem seu endereço.
A conversa começou quando o bus fechou a porto e eu estava quase parada em frente.
Eu disse que não ia arriscar após ele com boné e camisa surrada argumentar que eu deveria ter batido para o motorista abrir a porta.
Começamos a conversar sobre a falta de empatia de alguns e funcionários e pessoas na sociedade.
Ele falava como se domina se o assunto e eu prestava atenção nas palavras.
Chegou até questionar o sistema democrático do país “imagina se não fosse assim."
Falamos por uns bons 10 minutos. Ele que não sei o nome, arrancou um amendoim da sacola e me deu pra comer depois da janta.
Vendedor, mareteiro no trem, mora em Botujuro e logo seu bus chegou. Se despedindo de mim e desejando boa sorte!
Já escrevi e repito: gente precisa de gente pra ser gente! São pessoas como essa que me fazem a ter novas percepções do mundo!
Commentaires