O rato que não tomava banho, ele chorava

Nós últimos dias, um vídeo viral, mostrava um suposto rato tomando banho.

De primeira instância eu ri. Parecia engraçado ver os movimentos junto da espuma, realmente dava a impressão de que o animal se ensaboava.

No entanto, passei a ler comentários e artigos na Internet. Cada palavra e rodeios me fizeram refletir sobre a situação que causou discussões nas redes.

Nem vem ao caso discutir sobre os maus tratos com o animal, até por que, não tem cabimento, alguém rir de um pequeno indefeso pedindo ajuda e se tornando alvo de riso dos humanos.

Mas o que me incomoda é que isso acontece todo os os dias em nossas faces.

Todos os dias, na escola, no trabalho, em grupos sociais, pessoas sofrem bullying.

Ação que segundo o dicionário significa forma de violência que, sendo verbal ou física, acontece de modo repetitivo e persistente e acontece com 1 a cada 10 estudante de forma frequente, no Brasil, de acordo com Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015.

Gente que ri quando riem dele, mas no fundo, esconde.

Gente que ri junto para não ser excluído.

Gente que chora no quarto sozinho, mas tem medo do que pode acontecer no próximo dia.

Gente que é o rato do vídeo de muitos outros.

Que nós aprendamos a nos colocar no lugar do outro. Não deixemos que a opinião do colega, se faça a nossa.

Reflita, ria, chore, fale, ouça, o que você quiser. E antes de debochar de alguém, imagine que ele tem coração e sentimentos.

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